18 de mar. de 2011

Prevenido para as tragédias da vida

*Márlon Hüther Antunes
Os tristes fatos do Japão que estão diante de nossos olhos, mostrados nos últimos dias deixam qualquer um perplexo, pela fúria e a violência que a natureza é capaz. Diante da tragédia que trouxe prejuízos e histórias levadas em decorrência do pior terremoto registrado naquele país, seguido de um tsunami , é certo que na “queda de braço”, não há como domar o inimigo natural, que de tempos em tempos assombra aquela nação. Apesar da magnitude dos tremores e das ondas gigantes, fato é que - comparadas as proporções - apesar de uma magnitude 20 vezes maior que o tremor do Haiti, as medidas preventivas japonesas amenizaram e muito a tragédia. Prevenção e planejamento trouxeram, por maiores que sejam os números atuais, um alívio para perdas irreparáveis: Vidas foram salvas e ressurgem em meio aos escombros! Os japoneses são extremamente organizados em investir na infraestrutura, educação e na maneira de agir em momentos trágicos. As lições de cada desastre anterior servem como aprendizado para o que está por vir. Na vida não é diferente! Prevenir-se não significa estar isento de tragédias, mas organizar-se, a fim de amenizar suas consequencias. A Igreja Cristã em todo o mundo está vivendo o tempo de Quaresma, um tempo de preparo, de olhar para si, olhar para o passado, mas especialmente olhar para o futuro, neste tempo que culmina na Páscoa, onde a maior tragédia humana – a morte - é dada por vencida, nas palavras do Salvador: “Está consumado” (João 19.30). O trágico de não preparar-se para o inevitável e encontrar dificuldades em reerguer-se. As comparações entre os terremotos e as chances do Haiti e Japão mostram isto de forma clara: quem está preparado da maneira certa, por maior que sejam os escombros, pronto está para ressurgir. Isso pode ser comparado à fé cristã que diante da realidade da morte e traz a oportunidade da ressurreição. Não é a toa que o salmista cheio de fé confessa: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam" (Salmo 46.1-3). “Porque eu vivo, vós também vivereis” (João 14.19). É a certeza da vida que ressurge através dos escombros. Preparar-se para este possível drama é decisivo para amenizar a dor, tanto de quem vai, como de quem fica. Diante da morte, só existem dois caminhos para enfrentá-la: com Cristo, ou sem Ele. Bom é estar prevenido! *É Teólogo e Pastor da Igreja Luterana de Maceió

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